 
									Na capital do país, iniciativas sociais vêm transformando realidades, garantindo acesso a direitos básicos e promovendo mais dignidade para quem mais precisa. Atualmente, 800 mil pessoas são beneficiadas mensalmente no Distrito Federal. Esse recorte traz a relevância do investimento feito para que cada família tenha dignidade, especialmente no que diz respeito ao apoio alimentar e suporte de moradia.
Neste ano, um dos programas adotados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) completou cinco anos de atuação: o Prato Cheio. Firmado como uma das principais políticas públicas de Brasília, a iniciativa foi instituída para acolher a população, inicialmente, durante a pandemia de covid-19. Para comemorar a data, o valor pago passou de R$ 250 para R$ 280. Além disso, também aumentou o período de concessão de nove para 18 meses e ampliou o número de famílias atendidas.
"É uma alegria muito grande poder estar comemorando cinco anos desse projeto, que é exitoso e chega diretamente às famílias", indicou o GDF. Para a Secretaria de Desenvolvimento Social, o investimento vai além da segurança alimentar. Com esse cartão, é possível fomentar também a economia e a agricultura familiar. "Esse é o maior programa social que o Distrito Federal já teve, então é um investimento que transforma vidas, porque não tem como falar em assistência social, em desenvolvimento social e em autonomia sem matar a fome das pessoas", ressaltou a pasta.
O diferencial do Cartão Prato Cheio é o poder de escolha das famílias, que possuem autonomia para selecionar os alimentos que gostam de comer e fazem as compras do mês no mercado mais perto de casa. O cartão também viabilizou o aumento expressivo no número de famílias beneficiadas.
"Eu tenho três filhos, e tinha época em que eu precisava ir à casa da minha mãe pegar alguma coisa ou até pedir dinheiro emprestado. Às vezes faltava lanche para eles. Agora não preciso de mais nada disso, pois eu mesma pego o meu cartão e compro tudo o que precisa. Eu uso para garantir arroz, feijão e cuscuz. É uma ajuda e tanto", conta Helen Matias.
Em paralelo, outro programa que tem auxiliado significativamente as famílias é o Cartão Gás. Criado em 2021 como medida de enfrentamento às consequências sociais e econômicas da pandemia, o benefício é pago às famílias em situação de vulnerabilidade a cada dois meses.
De acordo com o GDF, o Cartão Gás teve investimento de R$ 7 milhões, beneficiando 70 mil famílias. Irene Souza Marques, moradora do Itapoã, recebe o benefício desde a criação. "Nós usamos o gás para tudo. De manhã, para fazer o café; depois para almoçar e jantar. Não tem como viver sem gás, então, quando falta o dinheiro, temos que tirar de outras contas. Mas com o auxílio, isso mudou. É uma ajuda muito grande, faz a diferença no final do mês", conta.
Para a Secretaria de Desenvolvimento Social, o programa garante autonomia e segurança nutricional aos moradores do Distrito Federal. "É um programa que faz muita diferença na vida das pessoas, tendo em vista que a crise econômica dos últimos anos e a inflação fizeram com que muitas perdessem poder de compra. Ter o gás de cozinha em casa significa ter uma alimentação mais saudável, em que as famílias podem fazer ‘comida de verdade’ do jeito que os filhos gostam, caseira e saudável", informa a pasta.
Refeições garantidas
Entre as iniciativas que promovem segurança alimentar e inclusão social, os restaurantes comunitários se destacam como uma política pública eficaz e essencial no combate à fome e à desigualdade. Com refeições balanceadas oferecidas a preços simbólicos, essas unidades atendem diariamente centenas de pessoas. Vale ressaltar que as pessoas em situação de rua fazem as refeições nos restaurantes comunitários de graça. Mais do que garantir o alimento no prato, esses estabelecimentos representam um esforço concreto da gestão em assegurar dignidade e qualidade de vida à população.
De acordo com o Instituto de Pesquisa e Estatística (IPEDF) e a Secretaria de Desenvolvimento Social, a maioria dos visitantes são homens pardos (52,8%), entre 30 e 49 anos (40,8%), trabalhadores autônomos (28%), com renda de até um salário mínimo (41,8%), que utilizam o serviço pelo menos três vezes por semana. Em relação à motivação dos visitantes, destacam-se a proximidade de casa (27%), o sabor e a diversidade do cardápio (18,8%) e o preço acessível (18,8%).
	 
  	
Atualmente, a capital conta com 18 unidades ofertando 1,4 milhão de refeições por mês. Desde 2019, a política pública foi reforçada com a inauguração de novas unidades, a redução do preço do almoço e a ampliação das refeições e dos dias de atendimento. Entre as ações de reforço, destaca-se a redução do valor do almoço em todas as unidades. A refeição, que chegou a custar R$ 3, hoje, é oferecida ao preço de R$ 1, enquanto o café da manhã e a janta são oferecidos por apenas R$ 0,50 cada, todos os dias.
"O restaurante fica perto da minha casa, o que facilita a rotina da minha família. Nós tomamos café da manhã, almoçamos e jantamos aqui todos os dias. A comida é preparada no ponto certo, atendendo às necessidades de quem tem problemas de saúde. Eu como aqui diariamente, e isso faz uma grande diferença na minha vida", celebra Lindaura Ferreira de Oliveira, moradora de Samambaia.

